O costume criminoso presente nas músicas de festa junina

Por: Raul Ruffo
Edição: Nathalia Okde

Ao longo da história da humanidade, a arte - além de aliviar o espírito -  relatou costumes, hábitos, criticou e traduziu a alma da sociedade da época em que ela foi feita

Uma frase que se fosse cantada no século XXI,  o levaria ao cancelamento absoluto

Em 1932, o sambista Noel Rosa cantava:

"Mas que mulher indigesta
Merece um tijolo na testa"

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Em 1995, os Mamonas Assassinas brincavam com zoofilia, diziam que “gay também é gente” e que “baiano fala oxente”, e não eram taxados de homofóbicos, xenofóbicos ou doentes sexuais

Nem as músicas de festas juninas escaparam da implacável mudança de pensamento da sociedade ao longo do tempo.
Pode reparar, de 10 músicas, 7 falam de algum costume criminoso. Veja exemplos:

Olha pro céu meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo

01

Luiz Gonzaga
"Olha pro céu"

O balão vai subindo vai caindo a garoa
O céu é tão lindo
 e a noite é tão boa

02

Mario Zan
"O Balão Vai Subindo"

Desde 1998 soltar balões é crime. Você pode ficar três anos PRESO por soltar balões.
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