Após 15 dias, o motorista de um carro de luxo que bateu e matou o moto entregador Hudson Oliveira Ferreira, de 39 anos, em Campo Grande se apresentou à polícia.
O acidente foi filmado por câmeras de segurança e mostram o motorista em alta velocidade na rua Antônio Maria Coelho. Ele fugiu sem prestar socorro à vítima.
O acidente só foi investigado pela Polícia Civil depois de 10 dias. O veículo atingiu a motocicleta pilotada por Hudson durante o trabalho no dia 22 de março, à noite, mas a procura pelo responsável começou apenas no dia 2 de outubro, a última terça-feira. Em dois dias, apareceu o motorista e o carro de luxo, apreendido na última sexta-feira (5 de abril).
Segundo a Polícia Civil foram vários os fatores que explicam a demora, motivo de crítica negativa da família da vítima.
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O empresário que dirigia o veículo Porsche que atropelou e matou um motoentregador em Campo Grande é empresário na cidade. Chama-se Arthur Torres Rodrigues Navarro e tem 33 anos, apurou o Primeira Página.
Segundo a reportagem levantou, o carro de luxo, da série Cayenne, está no nome do pai de Arthur, José Navarro Rodrigues, e tem placas de Belo Horizonte (MG).
A família tem negócios em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Pará e Acre. Em Campo Grande, é proprietário de um bar.
O motorista se apresentou na última sexta-feira (5) à 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, no Carandá Bosque, exatos 15 dias depois do acidente fatal.
O Porsche Cayenne envolvido no acidente é um dos SUV’S mais potentes e valiosos comercializados pela marca alemã no Brasil.
Segundo a Tabela Fipe, que expressa preços médios de veículos no mercado nacional, o modelo Cayenne Coupé Turbo S E-Hybrid, de ano 2023, tem preço médio superior a R$ 1,2 milhão, com referência para o mês de abril.
Em nota à imprensa, a defesa diz que só após a divulgação na imprensa do acidente o cliente ficou sabendo que havia matado uma pessoa.
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Segundo a polícia, nas imagens é possível ver Arthur Navarro em alta velocidade logo depois do acidente.
Segundo o próprio empresário, ele estava com um funcionário no carro e imaginou que teria conseguido evitado o acidente.
Os dois chegam a casa de Arthur às 19h56 e o funcionário voltou em um carro de aplicativo para o trabalho. No caminho, passou pelo acidente e viu Hudson no chão, mas não parou.